Certo dia, alguém havia me perguntado o porquê do meu sumiço no Blog, e o porquê das
minhas infinitas desculpas que sempre arranjava para não sair de casa a
noite. Boa parte do meu tempo me dedico escrevendo e as
desculpas eram sempre as mesmas, só não dizia que ainda estava escrevendo
na madrugada porque sabia que alguém me chamaria de louca e de insociável. Talvez esse alguém, tenha sentido a minha falta.
Pra começar, são tantos os porquês
e são tantas as perguntas sem respostas.
Não preciso de mais nada além de café e Tchaikovsky tocando, enquanto separo minhas xícaras. Adoro minhas crises melancólicas e a capacidade que elas fazem de querer não me deixar dormir a noite.
Falo sozinha, escrevo para me sentir menos patética e escrevo para fugir um pouco desse mundo cada vez mais confuso e de pessoas vazias.
A verdade é que eu nunca vou
saber as respostas, nunca vou saber o que sou, o que quero,
o que faço, e o que espero. A verdade é que eu só sei o que eu sinto. E tudo o
que eu sinto me transborda.