29 de janeiro de 2016

São tantos os porquês


Certo dia, alguém havia me perguntado o porquê do meu sumiço no Blog, e o porquê das minhas infinitas desculpas que sempre arranjava para não sair de casa a noite. Boa parte do meu tempo me dedico escrevendo e as desculpas eram sempre as mesmas, só não dizia que ainda estava escrevendo na madrugada porque sabia que alguém me chamaria de louca e de insociável. Talvez esse alguém, tenha sentido a minha falta.
Pra começar, são tantos os porquês e são tantas as perguntas sem respostas.
Não preciso de mais nada além de café e Tchaikovsky tocando, enquanto separo minhas xícaras. Adoro minhas crises melancólicas e a capacidade que elas fazem de querer não me deixar dormir a noite.  
Encontrar companhia nas palavras que escrevo, anotar minhas loucuras e guardar no fundo da gaveta, esperando que um dia, por acaso, que eu abra, ache, leia, e me sinta surpresa por elas finalmente terem algum sentido.
Falo sozinha, escrevo para me sentir menos patética e escrevo para fugir um pouco desse mundo cada vez mais confuso e de pessoas vazias.
A verdade é que eu nunca vou saber as respostas, nunca vou saber o que sou, o que quero, o que faço, e o que espero. A verdade é que eu só sei o que eu sinto. E tudo o que eu sinto me transborda.